NOTA DE REPÚDIO DAS CENTRAIS SINDICAIS DE MINAS GERAIS

As Centrais Sindicais de Minas Gerais vêm a público repudiar de forma veemente a condução da etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho, assim como a intransigência da bancada patronal que novamente se negou ao diálogo com os trabalhadores. O documento final tem propostas de imenso retrocesso à classe trabalhadora que não puderam ser questionadas ou passadas por consulta dos delegados presentes, contrariando o Regimento aprovado.


A Conferência foi eivada de falhas. O formato proposto serviu para simular a participação popular, o debate e a democracia. A condução da atividade não desrespeitou apenas o Regimento como também o conjunto de delegados e delegadas representantes dos trabalhadores e do poder público, favorecendo de forma inequívoca a bancada patronal.


De acordo com o Regimento, as propostas de cada bancada deveriam ser votadas pela plenária geral, indicando ampla maioria, maioria ou minoria de votos favoráveis. Após pressão do empresariado, que abandonou a Conferência por não concordar com as votações, o Superintendente Regional do Trabalho em Minas Gerais, Sr. Carlos Alberto Menezes de Calazans – em acordo bilateral com o patronal, de forma impositiva e em claro desrespeito ao Regimento – suspendeu as votações. Impediu-se, assim, a única forma de nós, trabalhadores, demonstrarmos nosso descontentamento com as propostas nocivas apresentadas, que agora seguem à etapa nacional com nosso “endosso”.


De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o objetivo da Conferência é estabelecer diretrizes para a promoção do trabalho decente no Brasil, fortalecendo o diálogo social e a construção coletiva de políticas públicas. O que presenciamos foi o contrário disso e a reprodução do que passamos a cada negociação coletiva: o desrespeito dos patrões que se negam a dialogar e a ceder minimamente para que nossas condições de vida e trabalho sejam mais justas.


Reiteramos nossa indignação com o desrespeito ao qual fomos submetidos e nossa luta para garantir e ampliar os direitos dos trabalhadores, equilibrar as relações entre capital e trabalho e promover a justiça social.


Belo Horizonte, 19 de novembro de 2025.
NOTA DE REPÚDIO DAS CENTRAIS SINDICAIS DE MINAS GERAIS

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